ANTIGO PRÉDIO DA POLÍCIA CIVIL – RUA BARÃO DO RIO BRANCO

O coletivo de Arquitetura e design em conjunto com estudantes de Arquitetura e Urbanismo  irão promover na tarde desta segunda-feira (03), a ocupação da antiga sede da Polícia Civil do Paraná, na Rua Barão do Rio Branco, 174, centro. A partir do meio dia até o início da noite, integrantes do Coletivo Ponto 41 estarão no prédio buscando atrair a atenção da comunidade para a situação de abandono a que o edifício foi relegado.
Referência histórica e um dos ícones da arquitetura característica da época, o antigo prédio da Polícia pertencia à família Hauer que o perdeu numa ação de espólio para o governo estadual. Apesar de sua importância, ele está totalmente abandonado, ruindo sob a ação do tempo e internamente tomado por entulhos.

O evento é promovido pelo Coletivo de Arquitetura e Design Ponto 41 que, no mês passado reuniu mais de 60 pessoas num piquenique noturno no calçadão da XV, com o mesmo objetivo de alertar para os vazios urbanos que é também, a situação da antiga sede da Polícia. “Sem uso, o prédio perdeu sua função e hoje é um vazio, um patrimônio abandonado gerando inclusive uma situação de insegurança no entorno”, afirma a arquiteta Danielli Wal, que integra o coletivo.

Utilizando equipamento sonoro e diferentes tipos de som, a estratégia é fazer com que os passantes parem para perceber o abandono das belas fachadas e olhar para o interior do prédio. “Normalmente as pessoas passam sem perceber, o prédio está há tanto tempo sem uso que o cidadão passa pela calçada e nem nota. Queremos atrair a atenção das pessoas para perceber esse vazio”, diz ela.

O prédio é uma Unidade de Interesse de Preservação (UIP) o que permite transformar o custo de restauro e preservação em potencial construtivo, mas mesmo assim está totalmente abandonado. Sem uso, o edifício, que está entre os mais belos casarios da cidade, tende a desaparecer.

 

Texto de Duca Batiston

 

Alunos envolvidos: Alessandra Teixeira Veiga, Amanda Nazzari Bigolin, Ana Carolina Pianovski, Isabela Mendes Jayme, Isabel Schmidt Sonntag, José Felipe Salvalaggio Loureiro e Natália Gandin. O estudo será apresentado  na exposição “Arquitetura como interface”, em maio de 2017, no Muma (http://www.arquiteturaparacuritiba.com/)

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